quarta-feira, 29 de junho de 2016

Aniversários em Julho


Durante este mês celebram o seu aniversário os
nossos Amigos
NOME                                                                 Dia
  Bernardo Gonçalves da Costa                                          2
  Manuel Alberto Rodrigues                                               6
  António de Lemos Martins                                              8
  Anastácio Jesus dos Reis                                                 12
  Eduardo Jorge Seia Nobre Soares                                   13
  António dos Santos Silva                                                18
  Almerindo Rocha                                                            20
  César Pedrosa Carreira                                                   22
  António Manuel Martins Caetano                                      24

Para todos os nossos parabéns e os votos de um futuro cheio de 

Bençãos de Deus.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO E CONVERSÃO DAS RELIGIÕES Frei Bento Domingues O.P.



1. Nunca vivi em países que invocassem explicitamente a religião para fazer a guerra. No próprio coração da civilização moderna, os totalitarismos do século XX - soviético, fascista, nazi, maoista – com mais de cem milhões de vítimas inocentes, não eram movidos por qualquer religião. A guerra foi muitas vezes encarada como o motor da história. Com o desenvolvimento sempre crescente das ciências e das técnicas poderá tornar-se a sua destruição.
 Foi em épocas de muita violência que trabalhei em alguns países de Africa ou da América Latina. Nenhum deus era invocado para abençoar a crueldade. Em alguns casos, o ateísmo era a regra. Essas guerras não precisavam da bênção de nenhuma divindade. Ainda hoje, o comércio de armas, o tráfico de pessoas e de órgãos, o trabalho escravo, a prostituição, o narcotráfico, a criminalidade organizada nem sempre pertencem a organizações religiosas! A idolatria do dinheiro tem pessoas e serviços bem organizados, a nível local e à escala global, que dispensam o recurso a qualquer outra divindade.
No plano religioso, a pergunta mais importante talvez seja esta: ainda haverá religiões que se alimentam de sacrifícios humanos? Se isto for verdade, o dever da memória não pode substituir a coragem de olhar para o presente.
2. Ao longo dos anos, tenho sido convidado para participar em colóquios de e sobre o diálogo inter-religioso. Sempre que posso, aceito com fervor. Como diz o Papa Francisco, com diálogo verdadeiro, seja em que campo for, todos ganham.
Desde os finais do séc. XIX que existem fóruns permanentes de diálogo religioso, como o Parlamento Mundial de Religiões, fundado em 1893. No âmbito da Igreja católica, foi, sobretudo, a partir do Vaticano II que várias iniciativas confluíram para a criação do actual Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso. Estas actividades tornaram-se frequentes, bem aceites e já marcantes no campo da teologia[1].
Esta normalidade corre sempre o risco de se tornar um ritual que se cumpre e do qual pouco se espera, mas seria injusto desvalorizá-lo. A passagem das hostilidades para o conhecimento e acolhimento mútuos das religiões é um acontecimento que já não nos espanta. Tornou normal o que deveria ter sido sempre a norma.
Deve tornar-se um caminho para a universalização da prática da liberdade religiosa. Antes do Vaticano II, para muitos católicos, era absurdo defender esta liberdade. A tese ortodoxa era simples: só a verdade tem direitos; a depositária da verdade e da sua defesa era a Igreja católica, fora da qual não havia salvação.
A declaração sobre a liberdade religiosa foi discutida, desde o início deste admirável Concílio, mas teve de vencer tantos obstáculos, que só a 7-12-1965 é que foi aprovada. Hoje, é uma bandeira e, sem ela, estaríamos como as religiões que exigem liberdade para si no estrangeiro, mas que a negam onde são elas próprias a impor a lei. É a velha táctica: em nome das vossas leis, exigimos liberdade e auxílios especiais; em nome dos nossos princípios e do nosso regime religioso e político, temos de vos negar essa liberdade.
3. Nenhuma religião tem o direito de impor os seus dogmas, ritos e normas às outras confissões. Seria continuar uma violência execrável, mas se cada uma só pensar em manter-se, defender-se e expandir-se, o chamado diálogo torna-se uma simples capa para o proselitismo das mais aguerridas. Todas têm de procurar descobrir de que reformas precisam.
 Não será o dever de todas as religiões, no mundo actual, para além daquilo que as possa individualizar, aplicar a Declaração Universal dos Direitos Humanos? Poderá discutir-se a universalidade desta declaração, no entanto, o primeiro dever é o reconhecimento de que todos têm direito a ter direito. Os cristãos dispõem de um princípio fundamental para avaliar o alcance ético de todas as instituições, religiosas ou não: o Sábado é para o ser humano e não o ser humano para o Sábado. A instituição, tida por mais sagrada, está submetida a algo de ainda mais sagrado: o bem do ser humano.
Do ponto de vista católico, o Vaticano II representa uma grande revolução a respeito de muitos comportamentos e instituições que se desenvolveram dentro da história da Igreja. Aplicou-se um velho princípio: ecclesia semper reformanda. Isto significa que a Igreja não se pode contentar com o que foi realizado nesse concílio. Os desafios, que os sinais dos tempos vão identificando, precisam sempre de novas respostas. Sabemos que, infelizmente, as contra-reformas não desarmam. O Papa Francisco já está a ver que não pode contar com nenhuma auto-estrada. Um processo de reforma nunca pode ser um acto voluntarista. Precisa de criar um clima que possa atrair mesmo aqueles que andam a criar obstáculos e denunciar aqueles fariseus que, como dizia Jesus de Nazaré, não entram nem deixam entrar. O diálogo inter-religioso, para ter sentido, deve ajudar a conversão das religiões a partir daquilo que é essencial em cada uma delas. 

26.06.2016



[1] Andrés Torres Queiruga, O diálogo das religiões, Paulus, 2005

in jornal PÚBLICO

domingo, 19 de junho de 2016

50 ANOS DE SACERDÓCIO DO FR. PEDRO FERNANDES

A Senhora D. Conceição Fernandes Ramos, irmã do Frei Pedro, está a organizar a festa comemorativa da passagem dos cinquenta anos da Ordenação Sacerdotal do Frei Pedro, que se realizará a 21 de Agosto próximo, na sua terra natal, a TORRE, Concelho do Sabugal. A missa será celebrada na Igreja local pelas 12 horas. Seguida de almoço de confraternização ( custo de € 25.00/pessoa, com desconto para crianças ). Os nossos Companheiros que queiram/possam associar-se a esta homenagem ao nosso muito querido Amigo Frei Pedro, deverão confirmar a sua presença para o telefone 919976015 ( São Fernandes Ramos) ou para o email: saofernandes@gmail.com . 

 Nota: as inscrições para o almoço são limitadas aos lugares disponíveis