sábado, 30 de julho de 2011

SUSPIRO DE ALÍVIO


Posta a acalmia nas hostes, tudo volta ao curso normal do rio da vida. Agora já há condições para conversarmos, serenamente, com a razão a controlar a emoção. Essa mesma que me prendeu a pena com pena do suposto passamento do Imeldo. Fiz bem em aguardar e não entrar em ebulição como assisti incrédulo aqui neste local ao desconchavo de alguns confrades. Que diabo, no mínimo dos mínimos deveria restar-lhes a esperança da ressurreição das almas. Como se provou nem sempre as grandes peças oratórias acarretam consigo a verdade. Ou antes o discurso conotativo é mais atreito às ilusões. A verdade requer um discurso simples e denotativo.
Não compreendo mesmo como alguns cérebros conseguem elucubrar ideias tão imbricadas num tempo de férias, em pleno Verão em que a canícula derrete os neurónios. Espapaçado aqui na praia da Vieira de Leiria, é com grande esforço que consigo alinhavar estas palavras sacrificadas. É a segunda vez que vejo o mar, desde a primeira em que o Director de então de Aldeia Nova, o frei Francisco Rendeiro nos levou a ver o mar no Guincho. Não gostei na altura e aterroriza-me agora. Felizmente tenho aqui à mão a foz do rio Liz, onde me banho em águas calmas e cálidas. Quase sempre são um pouco turvas, mas devem ser limpas, porque a muita espuma denuncia a presença de detergente. O rio da minha terra, o Dão, tem as águas mais transparentes, é certo, porém muito mais frias.
Caro Imeldo, folgo ver-te remoçado. Era uma pena que te fosses desta, porque ainda tens muito para dar e levar. Só que desta prova deverias sair mais humilde, penso eu. Não entendo essa arrogância. Nós debatemos ideias e cada um defende os seus princípios. Não há vencedores nem derrotados. Como dizia o comandante dos pára-quedistas que cercou o Ralis no 11 de Março de 1975, ao comandante do aquartelamento: -“ Agora a gente ataca e vocês defendem-se”.
Passem muito bem e deixem-me ir ao banho na foz do rio Liz.
Vintém

sexta-feira, 29 de julho de 2011

CONTRA O DESCONCHAVO E O DISLATE



Até agora tenho estado em silêncio. Dizia o Frei Pio que a palavra é do tempo, o silencio da eternidade. E de facto, ultimamente neste blog só tenho visto despautério, dislate, verborreia caganeirosa, para falar mal e depressa. ( Que Deus me perdoe). Sou cristão e aprendi que a paciência é uma virtude e que o martírio é uma coroa que poucos merecem.
Um tal Eduardo Bento, com quem mantive um breve contacto num retiro que ambos fizemos aqui há anos nos Irmãozinhos de Emaús, decretou a minha morte. Onde é que aquele escolástico aprendeu a fazer da invencionice um artefacto da verdade? O Jaime achou graça e achincalhou; o Antero, como é próprio dum causídico, voeja nas bordas da ambiguidade e quer também fazer humor; do Área Benta nem se fala; o Fernando Vaz, como é próprio dum modernista afrancesado com complexos de quem desceu o Carmelo a morrer de sede e nunca mais bebeu nada, em vez de se colocar do lado do verdadeiro catolicismo, vai com os outros e o Imeldo que se lixe. Apetece-me dizer, se não fosse feio, «Porra!»; O Vieira, que eu não conheço mas penso ser contemporâneo e conterrâneo do Nelson, até com a santa missa brinca. Sabes tu, Zé Vieira, que a tua voz já foi arrebatada pela salmódia, dias e noites a fio, em lauda e matinas, véspera e noa, não podendo tu, com a tua irreverência apagar o som antifónico da oração? Até o Celestino, achou graça, fala de açorda, como que num lavar de mãos pilatiano, mas não foi capaz de sugerir moderação e bom senso. Todos, todos, muito engraçadinhos.
Mas eu estou são e vivo e todas as vossas tentativas de adivinhação falharam, Em vez de respeito houveram achincalho; em lugar de sensatez introduziram no blog uma onda de insanidade. O Imeldo (António de Oliveira ), não merecia estar no ecrã por culpa da estultícia de alguns.
Enfim, é lá com o Nelson, mas dir-lhe-ei que assim o Blog não vai pelo bom caminho.
Em tempos debati com o Vintém ideias e princípios, julgo que deu frutos pois o pobre está reduzido ao silêncio. Rendeu-se… não a mim, mas à verdade.
Pronto. Há brincadeira a mais no blog. A vida tem de ser levada com seriedade.
Com um pouco de consideração e um tudo-nada de respeito me subscrevo

Imeldo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

De Férias!...

Velhos Amigos:
Fui ao blog e encontrei a noticia do próximo ENCONTRO. Desde já os meus sinceros parabéns pelo esforço e criatividade. Sei que isso é fruto de muitas "reuniões-de-trabalho" na sede do Lagartinho. Campolide é um bom local de reflexão...até me ajudou a regressar ao Porto...
Como estou de partida para terras da China, zona dos Mosteiros Tibetanos e dos Lagos de Arroz, na esperança de encontrar o Imeldo( que me dizem ter ido meditar), tomo a liberdade de vos alertar para o seguinte:
reconheço que o almoço-volante, permite um outro tipo de convívio mas gostaria de chamar a atenção da Comissão para o facto de haver, muitos de nós, que já não aguenta estar todo o tempo de pé e necessitar duma cadeira ou banco para repousar o físico.
Certamente que vai haver condições para sentar.
Espero que os mais novos não levem a mal este "alerta-dum-mais-velho".
Votos de Boas férias para cada um de Vós, com as respectivas Famílias.
Fraternalmente o "vosso-chato",
jm

segunda-feira, 25 de julho de 2011

IMELDO - Mistérios e coincidências...

Ausente dois ou três dias das notícias deste blog, chegou-me a seco a notícia do passamento do prestigiado Imeldo… Mas a curiosidade humana desenvolveu a ciência e muitas vezes atrapalhou tudo! Por essas, e por outras, antes de o Celestino voar na TAP, muitos deram com os costados em terra a experimentar asas em primeira e segunda mão, dos tamanhos mais variados, até conseguir o milagre ou o sacrilégio.
Não conhecia, senão de menções espaçadas, o Imeldo, mas os elogios e piedosas palavras do Eduardo Bento, que faz dum calhau uma pedra preciosa e a seguir a transforma em poema… deixou-me suspeitoso.
Mais me alertou o comentário do Fernando, que também confirma as minhas suspeições quanto à muita arte do E. Bento, seguidas de uma possibilidade de ressurreição colocada pelo Jaime e ainda a aventada hipótese de erigir pedestal e “fundação" ou coisa parecida, até canonização deste Imeldo, atirada pelo José Vieira, que só vejo por aqui em momentos importantes…
De pantufas e fora de horas, segui a minha curiosidade e sondei os escritos constantes deste blog, relativos ao tal Imeldo ou Dr. José de Oliveira e ali reparei que era um contestatário da mudança e da voragem dos tempos, morador na capital na Rua Rodrigo da Fonseca nº 1, apreciador de gastronomia e um bom copo, quase de certeza. Fiquei mais informado, mas, ainda assim, desassossegado…
Novo dia novas guerras dou comigo em pedonal caminhada, e deparo com a placa “Rua Rodrigo da Fonseca”, e de seguida vejo escancarada a entrada do nº 1… o tal onde morava o Dr. Imeldo ou Dr. José Oliveira, cuja metamorfose não apreendi. Coincidências … mas. Dois passos à frente e três atrás, pé no degrau.. e :
- Boa tarde! -Boa tarde senhor… ( a idade ajuda ao respeito - e o porteiro, atrás de uma mesa torneada em estilo chinês, com ar de polícia reformado, levantou-se para me atender e melhor entender)!
- Era aqui que morava o dr. Imeldo? – Imel… Imelgo!? - I – m – e – l – d - o! - Ahhh !, pois … desculpe que lhe diga, nunca ouvi tal nome! - Confesso-lhe que não conhecia a pessoa… seria nome de guerra, ou alcunha, sei lá! Também lhe chamavam dr. José de Oliveira… - Ahhh… pois, diga-me dessas… O dr.. José de Oliveira conheço muito bem…!! - Disseram-me que lá tinha passado para o outro lado! Mas nem sei que se passou ao certo! - Não me diga! Não me diga! mas ele estava cada vez melhor, até frequentava o Clube dos Mestres de Apolo, para “se mexer” dizia ele, e estava agora mais elegante e bem parecido! Como é possível!? O certo é que já o não vejo por aqui há muito tempo… mas podia estar pró norte, ou centro onde também passava muito tempo… Mas …. a vida tem destas coisas..!
E aproximando-se uma senhora idosa, com escurecida vestimenta… Ó senhora dona Miquelina, diz este senhor que o Dr José Oliveira … se finou.. – Não me diga sr. Meneses!!... Não me diga sr. Meneses!! …. Não me diga sr. Meneses!! ….e segurou-se, chocada, ao velho corrimão de madeira… muito mal disposta.
Lá tive de ajudar a D. Miquelina a sentar-se, ali mesmo, na escada, pálida e desequilibrada, a bater mal do verbo! – Mas… não é possível! Ainda há dias me ligaram para saber se estava tudo bem por aqui… até perguntaram pelo meu gato…. Já o porteiro tinha desapertado a gravata e dois botões da camisa, já a D. Miquelina estava para ali toda transida e descompensada da vida e da morte. – Aqui ninguém sabe nada - dizia-me o Sr. Meneses consternado e também combalido - coisas da vida! Desculpem a maçada que lhes dei… E antes que aqueles dois se passassem, desandei … Que raio de história esta…!
Aqui trago estas coincidências e preocupações, pois verifico agora que o Eduardo Bento não identificou as condições em que o Imeldo embarcou, na barca de Deus ou do Diabo (falaram-me há tempo num meu conhecido que embarcou quando remava vigorosamente em cima de uma jovem com um terço da idade – poucas vergonhas...)
Será que o Imeldo se finou mesmo!? Ou não acontecerá que qualquer dia um romeiro, a quem perguntemos, “Romeiro, romeiro, quem és tu? “ nos responderá, “Ninguém!” como no Frei Luís de Sousa… e a gente a ver que ele está mesmo ali…!
É melhor confirmar notícias como a que o E. Bento deu, começando pelo epitáfio, sem certidão de óbito, nem velório…
Espantem os vossos males e mantenham-se sadios!
Um vivo abraço.
Fr. da Área Benta

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Antigos Alunos Dominicanos - Encontro Anual de 2011

Caro Amigo

Vai realizar-se no próximo dia 1 de Outubro o nosso Encontro Anual de 2011.

Este ano o Encontro será em Aldeia Nova, Olival – embora infelizmente nos esteja vedada a visita ao nosso antigo Seminário, ingloriamente degradado pelo abandono a que tem estado sujeito nos últimos anos.

Presentes estarão, sim, todos os laços que nos ligam, todas as recordações do que alí vivemos.

É a ocasião especial de nos abraçarmos todos, os Amigos de Aldeia Nova/Fátima, e partilhar as velhas companhias durante algumas horas. É o momento destinado ao convívio desta Família em que, pela Graça de Deus, acabamos por nos tornar.

Cada ausência será um empobrecimento deste espírito comum que nos une. Assim sendo, pedimos-te que convenças os colegas de então com quem porventura possas contactar a inscreverem-se também.

Que ninguém fique de fora por motivos que possamos resolver. Conseguiremos sempre convite para quem não esteja em condições de suportar a inscrição. Tudo faremos para conseguir transporte para quem não o tenha. Só temos necessidade que nos deem conhecimento da situação.

Que todos compareçam e levem as Famílias!

Este encontro anual é, também uma homenagem singela à Ordem Dominicana, à qual deveremos sempre o tanto que contribuiu para que hoje sejamos quem somos. Pelo que todos os nossos Amigos Frades são nossos convidados, através de convite dirigido aos vários Conventos.

PROGRAMA

10h 00 - Concentração junto à Capela de Aldeia Nova, agora propriedade da Paróquia do Olival.

10h 30 - Missa na Capela.

11h 15 - Deslocação para o salão do Rancho Folclórico do Olival.

11h 30 - Tempo para convívio e aquisição das senhas para o almoço, visita à velha Igreja do Olival e ao museu etnográfico local

13h 00 - Almoço, em serviço Buffet.

15h 00 - No bar do Rancho folclórico, convívio/sarau cultural, informal e espontâneo na base do voluntariado dos presentes. Aos que saibam tocar e possuam instrumentos musicais, convidamo-los a levá-los consigo.

(Nota: os consumos no bar ficarão a cargo de cada um)

A mesa de Buffet estará disponível ao longo da tarde

Para te inscreveres tens à tua disposição quatro vias:

- Confirmando a presença e nº de acompanhantes carregando neste link:

mailto:encontroanual.aadominicanos@gmail.com

- Enviando uma SMS para o telemóvel 917225372 indicando

“confirmo presença + nome + nº de acompanhantes”

- Confirmando por escrito a V. presença e nº de acompanhantes para

L. Sousa Guedes

Rua do Moinho

Campo Raso

2710-396 Sintra

- (a evitar): contacto para os telemóveis 917225372 ou 967556450

Preço por Pessoa: € 17,50 (crianças entre os 3 e 10 anos, 50%)

Quanto mais cedo confirmares a tua presença, mais facilitas o nosso trabalho!

A data limite para inscrições será 25 de Setembro. A partir desse dia, só aceitaremos inscrições em casos excepcionais. E sujeitas a confirmação.

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Este ano faremos apenas uma venda de rifas, cuja receita será destinada às obras que a Ordem Dominicana desenvolve em África. O objectivo é devolvermos um pouco da ajuda que recebemos numa fase crucial das nossas vidas.

Desde já agradecemos todas as ofertas (a entregar no próprio dia) que possam integrar o “cabaz” a ser rifado.

A Comissão Organizadora

Antero Monteiro

Domingos Carvalhais

Luís Sousa Guedes

Manuel Branco Mendes

César Pedrosa Carreira -22 de Julho- Parabéns!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

IMELDO, PARA QUE A MEMÓRIA PERDURE



A pedido do Nelson aqui vão breves dados sobre o nosso colega Imeldo, que já partiu para os páramos eternos. Elogio fúnebre? Nem todas as páginas do Blog chegariam para os encómios que o Imeldo merece. Portanto sobre ele este epitáfio:
«Pchiu!». E basta.

E Bento


Pede-me, o Nelson, que faça o elogio fúnebre do Imeldo agora que soube do seu funesto passamento. Eu não diria elogio fúnebre, pois esta insigne figura, que combinava em si a agreste rudeza das fragas do Marão com o suave marulhar do rio Corgo era, de seu natural, discreto, humilde, um pouco tímido até. Por isso era avesso a elogios nem que fossem fúnebres. Por isso deixo aqui, quanto os dados de que disponho me permitem, um esboço biográfico deste homem que se manteve sempre fiel aos ideais de Deus, Pátria e Família.
Imeldo era o nome de cenóbio de Francisco Martins Pereira, filho natural de pai incógnito. E, vindo eu à fala acerca dele com o Toninho, este diz-me que ele o precedeu no chamamento do Senhor à vida monástica, quatro ou cinco anos.
Conheci o Imeldo quando, em 1975, estive empenhado nas campanhas de alfabetização que o MFA levou a cabo ali para os lados de Vila Real.
Numa das sessões o Francisco estava na primeira fila do salão paroquial da sua aldeia, Albadia, e não me passaram desapercebidos os calorosos aplausos que ele atribuía a um tenente que perorava sobre as vantagens do pêlo de cabra no resguardo dos frios de Inverno. Depois que os militares terminaram as brilhantes e úteis elucubrações, o Imeldo convidou-nos para a sua modesta mas bem recheada adega. E foi aqui que se deu o reconhecimento. Afinal, ele e eu, embora em tempos diferentes, tínhamos pisado aquele sagrado chão onde nos preparávamos para dilatar a fé.
Por algumas vezes mais nos encontrámos, o Imeldo e eu. E há tanto para dizer sobre ele que as duas páginas do Blog que o Nelson me dispensou, não chegariam para dizer do voo deste pássaro – deste pássaro? - desta águia que um dia pairou sobre as faldas do Marão e noutro breve dia desceu até aos rincões sagrados da serra d`Aire.
Direi, então, que este homem quis sempre que o mundo se mantivesse como esteve sempre. Candidatou-se duas vezes à Junta de Freguesia para lutar contra as modernices que querem tomar de assalto a alma do povo tão simples e tão bom. Infelizmente perdeu sempre as eleições que ninguém é profeta na sua terra. Ele queria fazer o que mais tarde Sócrates, sagazmente, veio a fazer: fechar a escola da sua aldeia porque, segundo ele, para ordenhar vacas não é preciso alfabeto. E diga-se, em abono da verdade, que ele viu, antes de tempo, agora o que todos sabemos: o conhecimento traz o atrevimento, o atrevimento traz o pecado.
O Imeldo foi um homem empenhado na conversão do seu povo. Defendia que se devia ouvir apenas a Rádio Renascença e dirigiu um grupo, Choral Adaequatio Intellectus, que só executava piedosas melodias e afins. E neste particular me confidenciou que muito lhe serviram os ensinamentos do Pe. Cerdeira – homem particularmente dotado no campo musical e em todas as artes melodiosas.
Enfim, não me devo alongar. Direi que o Imeldo morreu. Finou-se no verão passado em dia que não posso determinar, pois a seu respeito, Josefina, a sua única irmã me sonegou todos os dados e a mãe queimou os escritos dele, dizendo que não queria que a loucura alastrasse pelo mundo.
Dele, a única fotografia que tirei foi uma vez que, com o Moreno e o Brízido, nos encontrámos em Vila Real. Mas um e outro dizem-me que não sabem onde têm essa fotografia – eu direi, antes, que eles não querem publicitar o que religiosamente guardam para si.
Imeldo, homem ímpar, que soubeste remar contra o tempo, que o silêncio guarde a tua memória para que os sons que passam não conspurquem e estilhacem uma obra tão notável que de si não deixou qualquer rasto.
Eduardo Bento


quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Do álbum de recordações...

Procurando recordar e entusiasmar colegas de longa data (mais de 50 anos) a
participar no blog ou a comparecer nos nossos convívios, aqui deixo algumas
fotos onde reconheço nomeadamente o Ângelo Carvalho, Artur Pona, Adriano
Correia, Camilo, Cardoso, Franco,
Herculano (Fr.Jerónimo), prof. Manuel Lopes, D. Francisco Rendeiro, Lemos
Martins, Manuel Marto, a nossa equipa de futebol junto à igreja de Urqueira,
Manuel Pena, Padre Oliveira, Padre Tomás e Padre Cerdeira.
Um abraço
Rui Pinheiro

Do álbum de recordações do Rui Pinheiro









































































segunda-feira, 18 de julho de 2011

ANTÓNIO DOS SANTOS SILVA -18 de Julho- Parabéns!

Hoje vamos até ao Cartaxo, para "assaltar" a garrafeira e os queijos da serra, do Toninho, onde não vai faltar uns bons bolos, feitos pelas Filhas.
Votos de muita saúde e melhor perna, para continuar as deslocações, até casa dos velhos Amigos.

jm

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Encontro Geral 2011

As fotos em anexo dão-vos uma ideia das instalações que eu e o Luis Guedes visitámos no Olival e que escolhemos para o almoço de confraternização do próximo encontro de dia 1 de Outubro.

Oportunamente enviaremos as habituais cartas-convocatórias com a programação detalhada, o valor a pagar por pessoa, contactos e data limite para as inscrições. Mas, desde já posso informar que optámos por serviço Buffet.

Pese embora o edifício do nosso antigo seminário estar fechado, posso adiantar que, devido ao estado de abandono em que se encontra, não o poderemos visitar. O ponto de encontro será na "nossa" Capela - agora pertença da Paróquia do Olival - aonde será concelebrada a Santa Missa.

Achei especialmente simpático uma construção de tipo rústico, independente mas mesmo ao lado deste salão, pertencente ao Rancho Folclórico do Olival e que em principio poderemos usar, que tem bar, museu etnográfico e sala de ensaios com lareira, e especialmente à atenção do Celestino, Guerra, Neves de Carvalho, etc, já com instrumentos para a prática de fados e guitarradas.

Atenção que as bebidas neste bar não estarão cobertas pela ementa do almoço!!! Quem quizer ter o prazer de degustar um digestivo ou um "shot" ou fazer um brinde enquanto ouve cantar fados e afins, tem que pagar!!!!

Contámos nesta nossa visita com uma ajuda muito especial, o Armando Neto (Palheira), que, para além da simpatia, da sua paixão por Aldeia Nova e do excelente almoço com que nos brindou, ainda foi cicerone num circuito panorâmico, que incluiu a visita às arribas (precipicio?) onde muitas vezes recolhemos fósseis marinhos.

Esperamos que seja do agrado de todos a escolha do local, dos espaços e da ementa.

Um abraço,

Domingos




segunda-feira, 11 de julho de 2011



Na Senhora do Almortão,
Senhora do meu destino,
Cumpri minha devoção
E lembrei o Celestino.

Recordarei sempre os primeiros dias de A. Nova, carregados de receios e medos, um mundo diferente dos mundos que então habitara. Havia sempre mais cumplicidade e empatia entre alguns, embora todos apostados na descoberta do tal mundo novo. Recordo uma ligação especial ao Zé Celestino, não sei se por então sermos os mais pequenos (ainda hoje o somos, fisicamente!). Com ele eu conheci a Srª do Almortão, a sua romaria e o seu cantar!... Como eu me roía de inveja por ele ter à mão um rio Ponsúl que dava peixes e era piscina e praia. Na minha pobre aldeia, eu não tinha rio nem uma senhora tão milagreira como aquela da terra dele que, faz séculos, apareceu aos pastores por entre magotes de murtas. Quando pude e a vida me foi dando liberdade e desafogo, parti à descoberta das terras da Idanha. Só que, tinha perdido o Celestino. Depois de o reencontrar, já retornei algumas vezes à Idanha, à Velha Egitânia ao miradouro de Monsanto e às escarpas de Penha Garcia e disso lhe tenho dado conta. A última vez foi ontem e lá encontrei o Sr. Óscar, que o Zé Celestino me recomendara. E, de novo, a Srª do Almortão.
Zé Celestino, a minha homenagem o meu abraço.
Nelson

sexta-feira, 8 de julho de 2011

NAQUELE TEMPO... LEMBRAS-TE? (I)



ALDEIA NOVA

REGRESSO A UM LUGAR
ONDE UMA VELHA CASA…

Estivemos aqui. Estive neste lugar onde agora regresso. E haverá regresso?
Passaram tantos anos mas reencontro ainda os meus pés gravados no pó destes caminhos. Aí estão marcados também os sulcos dos teus passos, pois, tu e eu fizemos em comum o percurso inicial que nos abriu os horizontes da vida. E nenhum vento pode apagar as marcas que ajudaram a abrir todas as manhãs vindouras.
Naquele tempo…lembras-te? (a saudade é uma ave incendiando a memória). Ah! Ecoam ainda em mim estridentes gritos no recreio, dispersas vozes chamamentos. Agora é um rosto, um olhar que me interpela, logo, um nome, esbatido pelos dias, arrastado pelo rio do tempo, que vem ter comigo.
É ainda a névoa da memória que me reconduz à sala de estudo, às noites ao longo dormitório, ao recreio onde um retorcido carvalho, umbroso, nos reconhecia a todos. Ai as declinações, o ablativo absoluto o verbo fero e eu in albis a ir para as aulas.

E havia risos, cânticos e sonhos, por vezes muita inquietação e dor. Então era o tempo da rosa, dos floridos jardins da juventude e uma paisagem infinita abria-se à nossa frente pois todos os caminhos então eram possíveis. Lembras-te?
Como não recordar esse tempo, recuperar esse lugar?! Foi aqui que, irmanados, no mesmo barco nos lançámos na aventura dos dias; foi aqui que nos fizemos, nos humanizámos e recebemos uma inapagável chama que para sempre ficou a acalentar as nossas vidas e é ainda essa chama que nos impulsiona pela encosta de um destino comum. Para sempre.
Em ti, alguns sonhos perduram desse tempo ou todos morreram na voragem dos dias que vieram depois? Remexe as frias cinzas da memória e encontrarás ainda o antigo fogo. Talvez o fogo conjugado com o gelo, num lugar onde, tu e eu, nos olhámos e de onde as nossas vidas dispersas enfrentaram o tempo. Olha, é preciso, sempre e sempre deixar ouvir o coração.

Eduardo de Jesus Bento “
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Nota:
Assim escreveu Eduardo Bento, em 7 de Fev 2007.
É um autêntico hino e poema a Aldeia Nova e às nossas vivências ! Abrangente e que nos apanha por dentro e nos faz viajar no tempo, com uma intensidade que só nós, viajantes do mesmo espaço e tempo, podemos compreender inteiramente. Com a devida vénia e amizade pelo autor, aqui vou buscar o título “Naquele tempo…lembras-te?” para renovar estas nossas memórias e experiências comuns. Este texto não mereceu na altura qualquer comentário (!) e quando o li (um ano e tal quase dois, depois, quando descobri o blog) fiquei surpreendido com a sua completude, até porque nem conhecia o Autor.
Pesquem nas mesmas águas: releiam o blog e dêem relevo aos textos que alguns de nós desconhecemos. E se quiserem usem esta rubrica ou outra forma que o nosso “editor” aceite.
Faço este comentário por ser o primeiro texto repescado e para justificar a rubrica que se inicia com este texto. De futuro não farei comentários aos textos, a não ser como qualquer um dos leitores, nos “comentários” . E peço desculpa ao Eduardo Bento por “pendurar” aqui no seu belo texto este arrazoado.
Antero

António de Lemos Martins -8 de Julho- Parabéns!

ERA UMA VEZ... E SERÁ UM BLOG


Depois do lamento do Nelson, “Um dia, um Blog” pensei também intervir para dizer o que sito em relação ao “Criar Laços”. Perante o texto do Antero e dos seus comentários, perante os comentários do Abílio e do Fernando Vaz, resolvo, procurando ser breve, manifestar a minha opinião sobre o assunto.
O blog nasceu quando, depois de um encontro em Aldeia Nova, o Nelson me propôs que fosse criado um jornal para servir de traço de união entre aqueles que um dia estiveram tão próximos. Isto mesmo eu manifestei ao Fernando Vaz que me apontou as dificuldades que seria a publicação de um jornal e que mais simples seria criar um blog (na altura eu nem sabia o que era um blog!).
O Nelson acolheu ideia e fundou esta página que tem criado laços entre nós. O Nelson, com trabalho e dedicação que nem imaginamos, tem sido, como diz o Antero, o homem do leme. Dos primeiros assíduos colaboradores lembro o Alexandrino, o Fernando, o Neves de Carvalho., o Celestino. Já por aqui passaram Imeldos, Vinténs, Antónios da Purificação, Áreas Bentas (penso que sei quem vocês são, ó anónimos!). É que há lugar para o sério e para o humor, esforçando-nos pela comunicação cordial sem agressão nem ofensa. Sei que, por detrás do pano, o Moreno está sempre presente. Muitos aqui têm trazido a sua sempre interessante colaboração.
Eu não desisti do entusiasmo inicial. Apenas deixei de concordar com o rumo do blog. Em dada altura escrevi ao Nelson dando conta dessa discordância. Então afirmava que o blog não podia apenas ser um canto de memórias e de notícias de aniversários – como também refere o Abílio no seu comentário. O blog será isso mas também um espaço para o texto de fundo, com opiniões, debate de ideias, qualquer tema que um jornal merece.
Para não me alongar: Perante as mais recentes tomadas de posição, vamos a isso, pensemos o blog, colaboremos com o Nelson e procuremos, com fraterno abraço, criar laços.

Eduardo Bento

quinta-feira, 7 de julho de 2011

REUNIÃO DE TRABALHO: 06-JUL-2011; 20.00 às 23.00 h ; Tasquinha do Lagarto/Campolide




A Comissão Organizadora do Encontro Geral Anual/2011, previsto para 1 de Outubro, em Aldeia Nova, teve ontem mais uma reunião de intenso trabalho…
Para acertar pormenores logísticos, o Luís Sousa Guedes e o Domingos Carvalhais deslocam-se na próxima terça feira a Aldeia Nova, onde serão recebidos pelo residente, vizinho e sempre amigo Armando que amavelmente se disponibilizou para dar o seu contributo à realização do evento.
Esperam-se agradáveis surpresas…

Abraço

Zé Celestino

terça-feira, 5 de julho de 2011

Carta aberta ao "Homem do leme"


Meu Caro (quase) conterrâneo, Amigo Nelson:



O que hoje é certo e indubitável é que se modificou a paisagem, a informação, inventou a proximidade de aldeias, cidades, países, a intercontinentalidade e a globalidade, ligando aqueles jovens de outros tempos, maduros de hoje, alunos e professores, ligando as nossas décadas de 60 e 70, pelo menos, rejuvenescendo e reencontrando as amizades e as linhas da vida, incutidas em Aldeia Nova e Fátima, entre outras.
E neste ponto de encontro, como em outros encontros, verificamos que o rigor, os princípios que nos formataram, nos aproximam e valeram a pena, mesmo quando nos nossos verdes anos os contestámos ou gostaríamos de contestar.
Este blog gerou vida e movimento, deve por isso alimentar-se da nostalgia do passado e dos tempos que correm.
Muitos de nós entraram neste blog já tinham sido manifestados aqui grandes mananciais dessa nostalgia.
Relendo o blog, não raro se encontram textos interessantes que foram aqui colocados e ficaram para trás sem os vermos e fruirmos devidamente.
Aqui fica um desafio para quem conhece os cantos à casa:
Iniciar aqui uma rubrica tal como dizia Vitorino Nemésio "Se bem me lembro..." ou " Alguém disse" e recuperar alguns textos magníficos que por aqui passaram.
Assim se iriam temperando os tempos que correm com o nosso passado comum e animando as hostes. Mais do que sugerir, podes contar também comigo nessa missão se merecer o teu apoio e dos restantes comensais.
Uma coisa é certa, na parte que me toca, passo por aqui quase todos os dias. Mesmo sem dar por isso, aqui nos encontramos e nos encontraremos. Mesmo quando temos uma presença e um papel invisível. A existência deste blog é um monumento aos ex-alunos dominicanos e, por que não aos Dominicanos.
Um abraço.

Antero S. Monteiro

domingo, 3 de julho de 2011

Um dia, um blog...

Houve muito entusiasmo e o blog nasceu. Fizeram-se apresentações, retalhou-se a vida, mataram-se saudades, houve encontros, evocaram-se recordações e criaram-se laços. Após décadas e lustres de desencontros, buscou-se a infância e a juventude, reviveu-se Aldeia Nova e Fátima. Apareceram o Vintém, o Imeldo, o Oliveira e tantos fradinhos sem escapulário, que muito animaram este espaço criado só para nós. Para quem então se fez ao mar e se mantém agarrado ao leme, como no Mostrengo de Pessoa, a situação não é nada animadora. Não me queixo, não balbucio nem guardo ressentimentos, mas sinto aquela dor de quem aqui vem diariamente, vezes repetidas, quase só para engrossar o contador de visitas e lembrar quem é aniversariante. Por cá continuarei com o mesmo zelo, até ao dia em que, por falta de folhas no calendário, já não haja aniversários nem Guedes e Moreno a lembrá.los.
Abraços
Nelson