quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O TEMPORE! O MORES! (Ó tempo das amoras...) II


(Notícia da TVI – 30. 01 .08


Título:
No estado da Califórnia, vende-se marijuana em máquinas de acesso livre ao público.
Desenvolvimento desta notícia já a seguir.
Após três quartos de hora de outras notícias, surge então o desenvolvimento.
No estado da Califórnia, vende-se marijuana em máquinas de acesso livre ao público.
Só que a referida droga só pode ser vendida para fins medicinais, mediante prescrição médica.
A máquina está guardada por dois seguranças, que verificam a apresentação da receita médica.
Os utentes são fotografados por câmaras, e têm que deixar as suas impressões digitais.
Assim se faz jornalismo nas televisões de Portugal.
A. Alexandrino

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O TEMPORE! O MORES! (Ó tempo das amoras...) I



Conservatórias: Separações com menos burocracias - Igreja contesta balcões que facilitam divórcios
CM 2008-01-30


O novo serviço desburocratiza o processo de dissolução de casamento e reduz os seus custos em cerca de 40 por cento, D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), reagiu à criação deste serviço a título pessoal para dizer que “o Estado deve defender o vínculo matrimonial e não dar azo a que este seja levianamente desfeito”. “Quando o Estado não tem valores é que vai ao sabor destes facilitismos”, acrescentou em declarações ao CM. (…)O Divórcio com Partilha é um serviço em atendimento único que permite que, nos divórcios por mútuo consentimento realizados em conservatórias do registo civil, se possa proceder à partilha de bens do casal e efectuar todas as formalidades envolvidas no processo. O serviço é prestado na hora. Para além disso, o acto pode ser 40% mais barato do que pela via tradicional. De acordo com dados do Ministério da Justiça, nos casos em que se inclua um bem imóvel e um bem móvel ou participação social sujeitos a registo, o preço é de 225 euros, ao qual acrescem 250 euros relativos ao processo de divórcio, o que totaliza os 475 euros. Pela via tradicional os custos são de cerca de 800 euros.

A economia de meios envolvidos nestes actos, outrora religiosos, (então com proveitos para a Igreja), passarão dentro em breve a suceder também nos matrimónios, já que há quem proponha o casamento a prazo, tal qual como na vida profissional. Não esquecendo que no início do prazo, os nubentes gozam ainda do período experimental de quinze dias.

A. Alexandrino

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

SILÊNCIO QUE INCOMODA

Meus amigos:
Foi com imensa alegria e ilimitado entusiasmo, que tentei virasse realidade um sonho acontecido entre mim, o Fernando Vaz e o Eduardo Bento. Criar um espaço onde pudessemos encontrar-nos com frequência, onde matássemos saudades e onde dissessemos tudo aquilo que, após anos de separação, nunca conseguiramos dizer. Era, e é, imperioso criar laços. O espaço nasceu e o entusiasmo também cresceu. O encontro de Outubro, fez-me acreditar num novo ciclo para o blog, já que o explicámos, divulgámos e deixámos para consulta o fantástico trabalho do Fernando. Três meses volvidos, reina um silêncio que a mim, particularmente me incomoda. Não é desejável que a colaboração se circunscreva aos habituais redactores, o Fernando, o Eduardo e o Alexandrino. É preciso dar mais vida a este espaço, ou então encerra-se a porta. Ajudem por favor!
Desculpai o desabafo mas, quem diz o que sente não pode ser reprovado.
Abraço-vos
Nelson

sábado, 5 de janeiro de 2008

LEONARDO BOFF - Aforismos

Não parece descabido, no início do ano, oferecer alguns aforismos, fruto de reflexão e da sabedoria quotidiana presente no ambiente cultural. Elencaremos uns quantos, compreensíveis por si mesmos.
-Mais importante que saber é nunca perder a capacidade de aprender.
-Se tudo no universo está em génese, então o paraiso ansiado não está no começo mas no fim.
-Somos inteiros mas não prontos.
-Começamos a nascer e vamos nascendo lentamente até acabar de nascer. É quando então morremos.
-Só pode morrer o que é. O possível que ainda não é, permanece para se realizar no além morte.
-Não vivemos para morrer. Morremos para ressuscitar.
-Se você se sente gente comum, console-se.
-Deus deve ter amado muito a gente comum para criar um número tão grande, entre eles, eu e você.
-Não vá por caminhos já andados. Caso contrário nunca deixará marcas suas no chão. Se quiser ir longe, vá devagar.
-Nunca pare nem ande para trás. Agradeça a Deus por ter tropeçado. Assim evitou uma queda.
-Onde não há nenhum medo, não haverá também nenhuma coragem, necessária para viver.
-Se quiser esquecer as muitas pedras que impedem o seu caminho, pense nos fundamentos da casa que pode construir com elas.
-Na luta entre a pedra e a gota, ganhará sempre a gota não por sua força mas por sua persistência. Se mantiver firme a perspectiva do fim, não haverá obstáculo que lhe seja insuperável.
-O novo somente surge à condição de que algo tenha sido deixado para trás.
-Para quem busca, haverá sempre uma Estrela como a de Belém para iluminar o seu caminho.
-Um navio está seguro no porto, mas não é para isso que foi construido.
-De uma única vela podem se acender milhares de outras sem que sua luz diminua.
-Se quiser subir uma longa escada não olhe para ela, apenas para cada degrau.
-Para aqueles que querem cantar, haverá sempre uma melodia à disposição no ar.
-Só entenderá bem o outro quem se colocar no lugar dele.
-Até o relógio parado, duas vezes ao dia está certo.
-Seja como a cigarra que para se renovar tem que perder toda sua aparência exterior.
-Só se alegrarão com o nascer do sol aqueles que souberam esperar dentro da noite escura.
-Ninguém entrará no céu se primeiro não começou a construi-lo aqui na terra.
-Todo menino quer ser homem. Todo homem quer ser rei. Todo rei quer ser Deus. Só Deus quis ser menino.
-Porque os cristãos anunciaram um Deus sem o mundo, surgiu em consequência um mundo sem Deus.
-Humano assim como Jesus, só Deus mesmo.
-No começo de tudo não está a solidão do Uno mas a comunhão dos Três: da Origem sem origem, da suprema Palavra e da sagrada União de tudo com tudo. Eles estão tão entrelaçados no amor que se uni-ficam, quer dizer, ficam Um.

Leonardo Boff , teólogo

In ISTA- Instituto S. Tomás de Aquino, com a devida vénia.