terça-feira, 17 de julho de 2007

"A concórdia
é a união dos corações,
não a das opiniões"
José Manuel dos Santos

segunda-feira, 16 de julho de 2007

UM SÍTIO

Contrariando as más línguas, que afirmam ser a política uma maneira de subir na vida, vimos em directo, como o Dr. Marques Mendes começou ontem a descer da cadeira do poder do PSD.
Noutro grande plano, assistimos à subida do primeiro degrau da escalada que guindará o Dr. António Costa a futuro sucessor de José Sócrates.
Plano de fundo: 62% do povo de Lisboa absteve-se.
( Informações obtidas junto de fontes bem informadas)
A. Alexandrino

«Um sítio [...]: isto é – uma língua de terra onde construímos as nossas casas e plantamos os nossos trigos.O nosso sítio é Portugal. Não é propriamente uma nação, é um sítio. Já não achamos mau!A Lapónia nem um sítio é: apenas uma dispersão de cabanas, na vaga extensão da neve. Podemos pelo menos desdenhar a Lapónia. A miserável Lapónia!Como a nossa organização é mais rica, a nossa raça mais digna! Nós ao menos temos um sítio!»Eça de Queirós

domingo, 15 de julho de 2007

DIÁRIO DE JOSÉ OLIVEIRA




Como sei que tenho uma missão a cumprir, se o Nelson ainda se não deixou apanhar pela iniquidade destes tempos, aqui verto, esparsamente algumas gotas do meu diário. Elas são o meu contributo para a conversão, escarmento e meditação de alguns dos nossos que andam desencaminhados e arredios. (Nomeadamente Alexandrino, Celestino, Vaz, Moreno, Neves de Carvalho, Jaime, Eduardo Bento, Vieira e, infelizmente, etc). Salva-se, ao que me dizem, o Costa que eu gostaria de conhecer que, me informam, dá catequese numa paróquia de Odivelas).

12 de Julho

Como é bom acordar e saber que o ruído da campanha eleitoral para as eleições de Lisboa se vai esbatendo. Amanhã acabou o circo. Ao menos que os comunistas e adjacentes levem uma vez mais uma lição. O bom povo Lisboeta saberá, como até hoje, votar naqueles que respeitam a nossa história e a Igreja. Mas pergunto eu: Para que servem as eleições?

15 de Julho

Hoje, com a minha esposa, participei na celebração da santa eucaristia na Igreja de S. Domingos. O celebrante fez uma interessante reflexão sobre “Quem é o nosso próximo”, tema da liturgia deste domingo.
Mas não é que no final o sacerdote me interpela porque eu, durante a missa, rezei o terço? ( Oh ministro do Senhor, como te atreves a apostrofar quem devotamente pratica a devoção mariana por excelência!) A mim não me apanhas mais em missas celebradas por ti, nem das tuas mãos profanas receberei o corpo do Senhor. Jamais!
Vim para casa e retomei a leitura das Memórias da Irmã Lúcia (II). Daqui retemperei forças para resistir ao modernismo troglodita e petrificado de certos sacerdotes. A mim não me inoculam com o vírus da descrença. A mim não me inoculam!

Uma sugestão

Desculpai que me dirija a V. mas, dado serem os mais lidos e comentados bloguistas do momento e terem estado no Convento de Fátima.
O Criar Laços tem sido uma fonte de boas recordações e de momentos vividos com imagens que fazem parte de nós. Tudo isso tem sido motivo de agradável convívio epistolar e de descontracção. Porque não lançarem a ideia (aliás como já foi feita pelo Fernando Vaz em relação à sua França) de uma estadia de 2 ou 3 dias no Convento dos Dominicanos de Fátima e acompanhar a vida Conventual com alguns passeios, como se fazia às 5ªs.feiras e domingo de tarde?. Estou certo que o Prior do Convento vai facilitar o alojamento e estadia. O transporte pode ser feito no Caminho de Ferro.
Aqui vos deixo a sugestão, na esperança de que as vossas energias possam ser colocadas ao serviço deste reencontro.
Saudações do
J:Moreno.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

ENCONTRO DE TORRES NOVAS

O Eduardo Bento pede-me para vos transmitir que, por virtude do falecimento de sua sogra cujo funeral se realizou ontem no Tramagal, o encontro agendado para o dia 14 em Torres Novas terá de ficar adiado para uma próxima ocasião.
Para o Eduardo Bento, sua esposa e restante família, sentidas condolências

Nelson

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A DEMOCRACIA DOS BUFOS

Eu (nós) sou (somos) do tempo em que não se podiam contar anedotas sobre Salazar. E, quando se contavam, era sempre de forma recatada, em surdina, com os olhos postos nas imediações, não fosse o diabo tecê-las. Uma raça de gente, arregimentada para canalizar informações ás estruturas policiais do Estado Novo, podia parar por perto e levar o nome do glosador até aos ficheiros da PIDE. Eram os Bufos, que por prémio tinham apenas o nome inscrito nas organizações do regime e mais a faculdade de posarem enfatuados ao lado dos donos do poder. Julgava eu, julgamos todos nós, que essas figuras sinistras e patéticas haviam sido definitivamente enterradas na madrugada do 25 de Abril de 1974, com o féretro inumado ao som das vozes de Zeca Afonso e Paulo de Carvalho. Puro engano. Eles andam aí, arvorados em comissários políticos, atentos e oportunos, na mira de denunciarem ao paizinho que o Zé não come a sopa.
Que o diga o professor Charrua, funcionário da Direcção Regional de Educação do Norte, quando contou uma piada sobre o grau académico do Sr. José Sócrates. Alguém a seu lado “bufou” e a Directora Regional suspendeu-o de funções, ao mesmo tempo que promovia a instauração de um processo disciplinar. Ou em Vieira do Minho, cujo Centro de Saúde era dirigido por Maria Celeste Cardoso. Aqui, o médico Salgado Almeida, em serviço ao fim de semana, recortou de um jornal uma notícia em que o Ministro Correia de Campos afirmava nunca ter entrado num SAP e, acrescentando “faça como o ministro, não venha ao SAP”, colocou o cartaz em local azado e visível. Alguém, com conotações político-partidárias, bufou no livro amarelo e à Directora da Centro de Saúde foi indicado o caminho da rua.
O professor Balbino Caldeira, aquele que no seu blog desmontou a situação do grau académico de José Sócrates, foi demandado judicialmente por este, se calhar porque beliscou um político governante. Em Castelo Branco, a Coordenadora da Região de Saúde fez distribuir uma nota em que determina a abertura de toda a correspondência, mesmo se dirigida aos funcionários.
Estes casos singulares atrás referidos, bastarão para nos debruçarmos sobre a liberdade que temos, que queremos e que conquistámos. Primeiro que tudo, importa distinguir entre a ofensa e a piada brejeira, jocosa e inofensiva, muito embora os detentores de cargos públicos e políticos tenham que assumir-se superiores ao anedotário nacional e imunes a toda a chacota que lhes seja dirigida. Porém, os mais importunados parecem ser os comissários políticos, nomeados pontualmente e para tarefas a termo, que não gostam de ouvir beliscar o nome do seu Senhor. Resta-lhes então vestir a pele odienta do “Bufo” e atentar contra a liberdade de pensar, escrever, falar e criticar sem ofender. Estava eu seguro, e estariam os que tiverem a paciência de me ler, que já nenhum cidadão português seria julgado, prejudicado ou condenado por delito de opinião. Os factos e acontecimentos recentes, mostram o contrário e isto é motivo de preocupação. Somos constitucionalmente livres, mas começamos a perceber que não sabemos onde começa a nossa liberdade. Não sei, nem vai longe o meu conhecimento sobre a matéria, mas ocorre-me perguntar se a singularidade dos casos que enumerei, não serão um atentado ás liberdades, direitos e garantias dos cidadãos?!... A constituírem ofensa à lei fundamental da República Portuguesa, são uma afronta à democracia e os portugueses não podem ser, eternamente, a grande caravana que passa. Penso eu de que!...
Abraços
Nelson

quinta-feira, 5 de julho de 2007